Nos espaços urbanos densamente povoados, os telhados verdes já estão sendo considerados pequenos pulmões para essas cidades, fazendo com que elas possam respirar melhor.

“Telhado verde é aquela superfície que cobre algum espaço, aberto ou não, onde ao invés de telhas de qualquer tipo, ou uma laje de concreto como cobertura, planta-se um jardim. Este jardim-cobertura pode ser florido ou só verde e em sua grande maioria tem pouca profundidade de terra por conta do peso”, explica a paisagista Ana Holzer, carioca, que mora em Blumenau há muitos anos e é referência na região a respeito do tema. Ela diz que sempre que sobrevoa grandes cidades, fica pensando na maravilha que seria se todos os telhados fossem verdes. “Pelo menos os imensos telhados de fábricas e empresas cuja metragem quadrada sempre é grande. 

Os telhados verdes se fundiriam com a paisagem e a sensação térmica melhoraria muitíssimo”, destaca, lembrando que a regulação da temperatura é a maior vantagem dos telhados verdes. “Essa é uma prática muito antiga em países nórdicos, pois a cobertura verde se torna térmica: fresca no verão, quentinha no inverno”. Alemanha, França, Chile, Uruguai avançaram nesta prática. No Brasil ainda é tímida, mas já admite. “Aqui no Sul já fizemos vários com sucesso”, explica.

Em Blumenau, Ana Holzer já executou projetos de telhados verdes em alguns edifícios, no bairro Ponta Aguda, e também na Praia Brava, em Itajaí. A paisagista salienta que há pessoas interessadas em causar menos impacto ambiental, usar menos ar-condicionado, reutilizar água da chuva, por isso optam por telhados e também paredes verdes. Ela lembra que são práticas que economizam recursos naturais e também significam economia financeira para o cliente, além de deixarem edifícios e casas muito mais bonitos. 

“Toda a ideia nova causa insegurança, mas aplicando a técnica certa e bem feita não haverá erro. E a natureza agradece”.